Radiofrequência, e o tratamento da dor
11 abr 2017
Radiofrequência é um procedimento seguro e moderno, muito utilizado no tratamento de diferentes tipos de dores. Houve uma ampliação no uso das técnicas, inclusive sendo considerado em muitos casos como uma alternativa a procedimentos mais invasivos. A Radiofrequência é nos dias de hoje uma das principais indicações de tratamento para diversos tipos de dor na coluna.
A Radiofrequência funciona basicamente da seguinte forma: uma corrente elétrica de alta frequência (500.000 Hz) é produzida por um aparelho chamado gerador de radiofrequência. A onda é transmitida através de um cabo até um eletrodo que é colocado dentro de uma agulha. A agulha é inserida através da pele do paciente. A onda de radiofrequência, que percorre o eletrodo até a ponta da agulha, queima o nervo, impedindo que ele conduza o sinal da dor até o cérebro.
Na realidade, há dois tipos diferentes de Radiofrequência. O parágrafo acima descreveu a Radiofrequência Convencional. O outro tipo é chamado de Radiofrequência Pulsátil. A principal diferença é que, nesta última, o gerador, ao invés de emitir ondas de forma contínua, gera pulsos em intervalos definidos. Com isso não é gerado calor suficiente para queimar o nervo, ocorrendo uma modulação das vias da dor pelo campo eletromagnético gerado. A Radiofrequência Pulsada é utilizada em estruturas nervosas que, além de carregar impulsos sensitivos, também são responsáveis pela atividade motora de músculos. Como a técnica não queima o nervo, não há prejuízo na função motora.
Em ambos os tipos de Radiofrequência, é utilizada a Fluoroscopia para auxiliar o médico na localização exata dos pontos onde são realizados o procedimentos. Trata-se de uma câmera de vídeo acoplada a um aparelho de Raio-x, mecanismo este que permite ao profissional localizar a área de inserção da agulha em tempo real, minimizando os riscos de lesões indesejadas e aumentando em muito a segurança do procedimento. Outra forma de localização é a utilização do ultrassom.
Logo depois de realizado o procedimento, o paciente pode sentir um aumento da dor por aproximadamente uma semana e então se inicia uma melhora progressiva ao longo de 6 a 8 semanas. No início, alguns pacientes descrevem uma sensação de queimação, como se a pele estivesse queimada pelo sol. Esta sensação não costuma durar mais de 2 semanas e pode ser atenuada por cremes, medicação ou compressas mornas no local
A melhora dos sintomas costuma durar de 6 meses a 1 ano após o procedimento, período durante o qual o paciente deve aproveitar e se dedicar a um programa de reabilitação fisioterápica orientada por profissionais da área, aumentando as chances de não recorrência da dor. Caso a dor volte, nada impede que o procedimento seja repetido.